segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Companheiro, esse é meu umbigo?





   Lula não vê conflitos, Lula não vê as FARC, Lula não vê crise financeira, Lula possivelmente não consegue nem mais ver o próprio p#*$%, ou melhor, umbigo. É impressionante como o nosso excelentíssimo presidente não vê nada – pelo menos nada que não lhe seja aprazível – diante de um mundo tão conturbado e ainda tão cheio de incertezas, algo que nos remete a situações passadas não muito agradáveis.
    Além disso, se mete no médio oriente, faz política de boa “vizinhança” com o Irã – algo que, sinceramente, não dá pra entender –, tudo isso como se estivesse ainda nos velhos tempos de líder sindical, conversando com o patrão sobre melhores condições de trabalho e renda. Faça-me um favor! Como é que Lula pode querer resolver as pendengas do Regime dos Aiatolás se nem do próprio quintal ele dá conta?! Até o paraguai – o “p” minúsculo foi proposital –, há pouco, já se meteu a besta com o BRASIL.
    No entanto, a quem diga que tudo isso se deve ao fato de Lula estar postulando vaga a uma cadeira da ONU. – Ele só pode estar brincando. Desse jeito ele não consegue nem sentar no chão.
    Brincadeiras a parte, para que Lula – ou qualquer outro chefe do executivo – possa lograr esse objetivo, este precisa ter, de fato, uma postura de líder, ainda mais se tratando de um país de dimensões continentais como o Brasil, e não assumir um papel de falastrão, fazendo piada de tudo como se a conjuntura mundial fosse uma eterna marolinha. Tem que começar a colocar o Brasil no seu devido lugar de chefe sul-americano, começando suas políticas diplomáticas aqui, antes de alçar vôos de galinha, a exemplo do que ocorreu no Irã. Honestamente, eu acho que aquele elogio – Você é o cara! – feito pelo presidente estadunidense Barack Obama, não fez bem ao nosso chefe de estado. Após períodos auspiciosos em sua política externa, recebendo congratulações de diversos líderes europeus e americanos, Lula resolveu jogar tudo ralo abaixo: tomando decisões equivocadas, como o fato ocorrido em Cuba; e se metendo em imbróglios milenares, praticamente sem uma solução aparente, como no caso das nações médio-orientais.
    Todavia, não podemos deixar de explicitar, aqui, pontos positivos de sua política externa ao longo desses quase oito anos de mandato – os períodos auspiciosos. É importante salientarmos que a economia brasileira nunca esteve tão sólida e atraente a investimentos nacionais e estrangeiros dos mais diversificados, revertendo um quadro precedente de uma economia instável e de investidores, em sua maioria de capital especulativo, tornando o país muito mais suscetível às oscilações mundiais, onde, de maneira abrupta, poderia ocorrer uma fuga de capital – como no efeito tequila mexicano – que colocaria o Brasil em uma situação de crise, dificultando seu crescimento.
    Fatos como esses são mais difíceis de acontecer no nosso cenário atual. Um bom exemplo disso foi o comportamento de nossa economia frente à última grande crise – que não nos chegou como uma marolinha –, mas que soubemos enfrentar com reativo êxito. Vivemos, sim, um momento muito importante economicamente falando – e até mesmo, de uma certa forma, no aspecto social.
    Contudo, não obstante isso, não se pode achar que o Brasil está perfeito e que finalmente alcançamos nossos objetivos. Longe disso. Há muito que ser feito para que possamos, um dia, figurar, de fato, entre os grandes do mundo. Nossa posição ainda é uma posição virtual, somos grandes, porém não grandes o suficiente.
    Para finalizar, retomo a questão da política externa nos últimos suspiros do governo Lula, esperando que esta não seja seguida pelo seu sucessor(a), seja a Dilma ou qualquer outro, não afetando, assim, o nosso andamento, ainda que lento, rumo ao suficientemente grande, imaginando que o próximo governante possa enxergar, ao menos, o óbvio, ou melhor, umbigo.

Um comentário:

  1. Lula, Sérgio Cabral e "Leandro". No Rio, Sérgio Cabral chama menino de Otário.

    http://www.youtube.com/watch?v=VlKT5CEgnqs

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