domingo, 26 de setembro de 2010

O que querem esconder




    

    Como já era de se esperar, e foi dito no post Sobre as UPPs, os criminosos das comunidades ocupadas por essa política irresponsável, estão se reorganizando – com suas armas – em zonas periféricas da cidade, levando o caos e a violência a milhares de cidadãos por todo o estado. Cidades como Niterói, São Gonçalo; bairros da zona oeste, como Santa Cruz, estão recebendo, todos os dias, toda a sorte de bandidos que estão procurando bases em favelas dessas localidades. Existe uma regra para o acolhimento dos mesmos: estes só recebem asilo estando, devidamente, de porte de suas armas.

    Entretanto, emissoras de televisão, notadamente a Rede Globo, que dão suporte as UPPs, mostram só o lado bom – se é que existe um – desse projeto pragmático e estúpido da administração Cabral. Telejornais locais, a exemplo do RJTV, dão, tão somente, ênfase a reportagens que enaltecem a presença dessas bases militares nos morros cariocas, negligenciando, ou forjando, a verdadeira realidade da segurança públicaigenciando ou forjando as verdadeira realidade da segurança ps nos morros cariocas  no estado. Na cidade de Niterói, no morro dos marítimos, no bairro da engenhoca, por exemplo, traficantes disputam a tiros pontos de venda de drogas, sendo esses oriundos de favelas do Rio de Janeiro. Todavia, segundo algumas informações veiculadas, esses criminosos não seriam do Rio, mas, sim, meros traficantes locais numa "simples" guerra entre facções. É esse tipo de comportamento, portanto, que manipula as idéias alheias, engendrando conceitos equivocados sobre determinadas ações do estado. É um erro pensar que se pode resolver uma questão, extremamente complexa, com um caveirão e uma penca de policiais armados.



    Outro exemplo, esse bem mais grave e preocupante – sem querer escalonar, mas já o fazendo – é o caso de Santa Cruz: esse bairro da zona oeste vive dias de terror e caos, em meio aos traficantes citadinos recém chagados. Falo isso na qualidade de quem ouviu relatos, fidedignos, de moradores desse local, que estão desesperados – no sentido strictu sensu da palavra – com a violência que se instalou. As escolas da região estão por quase duas semanas sem aula, influenciando na educação das crianças, por conta da ação de criminosos. Universidades foram ameaçadas de serem metralhadas, caso as ordens do tráfico não se cumpram. A região vive um clima de guerra civil intensa, sem ter hora para começar ou terminar. Traficantes trocam tiros com policiais, e outros traficantes rivais. A imprensa diz que o conflito seria com os milicianos, ocultando a verdadeira natureza dos acontecimentos.

    Diante de todos esses fatos, colocados aqui de forma bem resumida, venho dizer que não é a minha intenção, aqui, fazer as de cabo eleitoral de um ou outro candidato. Muito pelo contrário. Exponho puramente acontecimentos reais que, por ventura, podem levar a um mínimo de reflexão sobre certas políticas perpetradas por aqueles que – por quatro anos – ocupam cargos de liderança na administração do estado, assim como seus municípios.






    Sendo assim, intento, absolutamente, em trazer a luz certos tipos de discussões que são fundamentais para a fluidez qualitativa da sociedade. É preciso que se tenha um mínimo de alteridade para que se possa apreender a situação de tantos cidadãos do estado que sofrem com decisões equivocadas – tomadas em prol de uma oligarquia – em detrimento dos demais. Fiquem atentos, não sejam pragmáticos. Observem as coisas que acontecem e façam uma avaliação crítica sobre essa nova realidade que se instaura, afinal de contas – perdoem-me o clichê –, errar é humano, persistir no erro...


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